Você está no supermercado ou na feira e, de repente, aquele amarelão “salta” bem na frente dos seus olhos. Você pensa: “Ah, é… melão… Faz tempo que não levo…”.
O Cucumis melo tem mesmo esse efeito às vezes: nem muito grande nem muito pequeno, até meio desajeitado, ele fica ali, relegado à gôndola. Quando é amarelo pálido ou verde claro, então, talvez você nem perceba que ele está lá.
No carrinho ou na sacola não faltam as laranjas, as maçãs, as peras, as mexericas, mas o melão? Vai para casa quando a gente lembra, ou quando o funcionário da gôndola escolhe o mais doce e fica distribuindo pedaços para quem passa. Francamente, é bem raro a gente sair de casa pensando: “Ah, hoje vou comprar melão…”.
É uma pena. E não é só porque o melão é gostoso e docinho. Ele vai muito além de fazer as vezes de figurante ornando o prato de salada. Assim como sua parente melancia, da qual não teve a sorte de herdar a cor exuberante, o melão oferece inúmeros benefícios à nossa saúde. Com sua grande quantidade de água, é uma mão na roda para hidratar o corpo, principalmente nas estações mais quentes.
Também é diurético, não tem colesterol nem gorduras, o que pode ajudar muito naquela dieta que você se prometeu no final do ano (lembra?), contribui para controlar a hipertensão arterial e melhorar o funcionamento dos rins. O suco do melão, assim como o do maracujá, também tem propriedades calmantes, reduz os efeitos do reumatismo, prisão de ventre e diversas infecções, fortalece a imunidade e ainda retarda o envelhecimento – viu só? Botox pra quê? Ainda mais se você tem um melãozinho em casa…

Liderada pela água, a química do melão vai muito bem, obrigado.
Conheça, no quadro, os elementos químicos presentes na fruta da família Cucurbitaceae.
Por isso, da próxima vez que for à feira ou ao mercado, lembre-se do Cucumis melo e o leve pra casa. Mas lembre-se mesmo. O melão não vai pôr uma melancia no pescoço pra chamar a sua atenção.
Texto: Renato Soares