Idealizador da bodega espera desmistificar a arbitrariedade dos preços dos vinhos e garantir a transparência na produção através do uso de criptomoeda.
A vinícola argentina Costaflores, localizada na província de Mendoza, talvez seja a primeira do mundo a vender seus vinhos por meio de uma
criptomoeda.
A ideia partiu do proprietário do empreendimento, o norte-americano Mike Barrow, que é especialista em informática.
Como funciona a utilização da criptomoeda na prática?
O projeto, que contará com a tecnologia blockchain (conhecida como “protocolo da confiança”) – uma base pública de dados compartilhados
cuja função é criar um índice global para as transações de um mercado
determinado – terá início com a safra de 2018 do vinho “Mike Tango Bravo”.
Cada garrafa de uma produção anual de 15 mil, equivalerá a uma criptomoeda, e estas serão cotadas nos próximos três anos, enquanto os
vinhos estiverem passando por processos de evolução.
Durante esse período, Barrow utilizará o aplicativo Open Vino para tornar públicos todos os dados de colheita e produção, captados pelos sensores digitais implantados nos vinhedos.
De acordo com o norte-americano, a transparência do sistema (que não poderá ter as informações alteradas após seu cadastramento) garantirá que seus clientes tenham um grau de confiabilidade maior tanto no produto quanto em seu preço, e certificação de orgânico.
O preço inicial de cada garrafa será de cerca de R$ 16 e, a partir daí, elas terão seu valor vinculado aos processos aos quais forem submetidas.
Dessa forma, o especialista em informática espera desmistificar os preços dos vinhos, que muitas vezes são vistos como “arbitrários”.
Texto: Ana Carolina de Carvalho Almeida