/Por Ana Beatriz Miranda
Como amante da bebida, provavelmente você já deve ter reparado que o vinho verde não é tão verde assim.
Na verdade, ele é um tipo de vinho branco e seu nome não se refere, necessariamente, à cor do líquido.
Cheio de frescor e leveza, ele faz um sucesso enorme em países tropicais como o Brasil, combinando perfeitamente com dias quentes.
A região de Vinho verde
Vinho verde, além do estilo do vinho, é uma DOC (Denominação de Origem Controlada) localizada no Minho, em Portugal.
Ela é uma região demarcada extensa, a maior do país lusitano e uma das maiores da Europa, e antiga — a demarcação oficial se deu em setembro de 1908.
A região possui condições perfeitas para a elaboração dos aromáticos, leves e refrescantes vinhos verdes, por ter influência do Atlântico, solos graníticos e clima ameno.
Todavia, existem áreas da denominação com características específicas, resultados em vinhos verdes com a tipicidade do seu terroir.
São nove sub-regiões dentro da região de Vinho verde, Amarante, Ave, Baião, Basto, Cávado, Lima, Monção e Melgaço, Paiva e Sousa.
Como toda demarcação, para ser um vinho verde, o produtor deve seguir certas regras de vinificação.
As uvas permitidas são autóctones dos países ibéricos, as brancas Alvarinho, Arinto, Avesso, Azal, Loureiro e Trajadura, e as tintas Espadeiro, Padeiro e Vinhão.
E não é só o vinho verde típico que a região autoriza. Além dos clássicos vinhos verdes brancos, também podem ser feitos rosés, tintos, espumantes, aguardente vínica e até vinagre, embora sejam menos conhecidos.
Por que vinho verde?
Se o nome do vinho não indica a sua cor, então, qual é a razão? Existem várias questões que envolvem o nome. Uma das teorias é que ele foi inspirado pela paisagem de Minho, majoritariamente verde.
Muita gente também acredita que seja pelo estilo da bebida, muito fresca e cheia de leveza, em referência à juventude e, por isso, o nome verde.