“Um blend de shiraz e grenache inspirado no francês Vale do Rhône, só que produzido na Austrália”
Lucas Cordeiro
Degustar um bom vinho já é prazeroso, mas quando existe uma boa história por trás de um rótulo – que explique um pouco sobre a personalidade da bebida –, a experiência fica ainda mais divertida.

O The Wishbone 2016, o vinho que quero apresentar hoje, vai por esse caminho.
Trata-se de um blend com uma proporção de 75% de shiraz e 25% de grenache, que resultou um líquido de corpo médio a encorpado, com acidez sob medida e taninos finos bem nítidos: um paladar que sugere uma combinação com carnes suculentas.
No olfato, deliciosos aromas de cereja negra, framboesas e amoras, mesclados a notas de defumado e especiarias (lembrança dos 10 meses de amadurecimento em carvalho).
O conjunto todo é harmonioso na boca, e o final é de média a longa persistência, com sabor de frutas maduras.
A descrição é de dar água na boca. Mas como a vinícola chegou a este resultado?
A explicação vem da história da marca Magpie Estate, uma joint venture iniciada em 1993 entre o famoso enólogo australiano Rolf Binder e o comerciante de vinhos inglês Noel Young.
Os dois uniram suas paixões pelas variedades de uvas e vinhos do Vale do Rhône (França), com uma seleção de uvas de 15 diferentes parcelas de vinhedos de nível premium.
A proposta tem uma certa irreverência também. Fãs do cineasta cult Russ Meyer, um dos influenciadores de Tarantino e Almodóvar, Blinder e Young se inspiraram no diretor para criar muitos dos nomes peculiares de seus vinhos, como no caso do The Wishbone.
Wishbone é nome inglês para a “fúrcula”, o famoso osso da sorte do peito do frango, numa referência ao privilégio de quem pode de apreciar este rótulo.
Agora, você pode se considerar duplamente com sorte: o preço dele está imperdível. Confira: Vinho Tinto The Wishbone 2016
Boa degustação!