/Por Ana Beatriz Miranda
A uva tinta Sangiovese brilha com intensidade na Itália, sobretudo na Toscana. Ela também é cultivada em vários outros países produtores de vinhos, mas é no país da bota que o sabor da Sangiovese se destaca, seja em Chiantis, em Brunellos di Montalcino ou em Supertoscanos.
Os rótulos elaborados com a Sangiovese variam em aromas e sabores de acordo com o terroir, é claro, mas há algumas características intrínsecas dessa tinta. A acidez elevada e a boa concentração de taninos são as principais. É possível encontrar grandes varietais de Sangiovese, mas ela é comumente misturada a outras uvas, para suavizar sua personalidade forte.
Origem
Essa casta é de origem italiana mesmo, feita a partir do cruzamento entre a Calabrese Montenuovo e Ciliegiolo. Há teorias que dizem que a Sangiovese é cultivada desde o Império Romano. E o seu nome é um reforço para isso, já que vem do latim Sanguis Jovis, Sangue de Júpiter. Contudo, o primeiro relato da Sangiovese data de 1590, quando passou a ser plantada por toda Itália.
Características da uva tinta Sangiovese
A anatomia das uvas Sangiovese depende muito do seu subtipo e também nas condições do terroir. Há as de bagos pequenos e pele fina, principalmente as utilizadas nos Chiantis mais clássicos, e as de maior tamanho e casca mais grossa, como as usadas nos afamados Brunellos. Sendo uma uva versátil e que se adapta bem aos mais variados solos e climas, a Sangiovese é utilizada na produção de vinhos de estilos diversos.
Aromas e sabores
Os aromas que mais aparecem são de frutas vermelhas, como morango e cereja, além de ameixas. Notas herbáceas e especiarias também são comuns. Os sabores acompanham os aromas, havendo certo defumado caso haja amadurecimento em barricas de carvalho. Devido à sua acidez características, os vinhos de Sangiovese ficam ainda mais deliciosos quando harmonizados. Se o prato for típico italiano, então, aí a experiência será mais inesquecível.