/Por Ana Beatriz Miranda
Muito se fala sobre os benefícios do vinho para a saúde. Há décadas estudos científicos têm sido feitos para entender melhor a relação entre essa bebida e a manutenção de uma vida saudável. E nesse âmbito é o coração o principal beneficiado. O que se sabe sobre o assunto é que o resveratrol, um polifenol presente nas sementes e nas cascas das uvas tintas, atua na prevenção das doenças cardiovasculares.
Essa substância diminui a pressão arterial e ajuda a controlar o colesterol, reduzindo o LDL — chamado de colesterol ruim — e aumentando o HDL — o bom colesterol. O resveratrol impede a formação de placas de gordura nas artérias, além de melhorar a elasticidade dos vasos sanguíneos. Logo, é poderoso na prevenção de infartos e outras mazelas cardíacas.
Os estudos que relacionaram vinho e coração começaram a se intensificar no início dos anos 90, quando pesquisadores decidiram investigar um grande paradoxo francês: como os franceses poderiam ter baixa incidência de doenças cardiovasculares se suas dietas eram tão ricas em gordura, reconhecidamente prejudiciais ao coração. A conclusão foi que o consumo moderado de vinho tinha relação direta com a boa saúde cardíaca.
O vinho tinto tem alto índice de resveratrol e, portanto, é mais eficiente na prevenção das doenças do coração. Entretanto, o vinho rosé também tem uma quantidade considerável. E o vinho branco? Ele não tem resveratrol, mas, assim como todos os tipos de vinho, é riquíssimo em antioxidantes que também são benéficos à saúde, prevenindo cânceres e o envelhecimento das células.
Embora haja muitos estudos que comprovam os efeitos benéficos do vinho ao coração, existem aspectos a serem explorados e analisados. Certamente haverá muitas informações futuras sobre o tema. E, claro, é importante ter em mente que a boa relação entre os dois diz respeito ao consumo moderado, uma ou duas taças por dia. Aliás, a frequência é mais benéfica do que consumir esporadicamente. Viva o consumo consciente do vinho e a saúde do coração!