/Por Ana Beatriz Miranda
A análise olfativa é uma das mais importantes. E também a mais complexa. Os aromas do vinho têm diversas origens e é interessante saber diferenciá-las para conseguir identificar corretamente cada um deles. Olfato é treino e memória. Comece a se atentar aos aromas e logo você conseguirá senti-los nos rótulos que degustar.
Os aromas primários do vinho são chamados de aromas varietais. Eles são os que vêm das uvas e do processo de fermentação. Quando as uvas são esmagadas para formar o mosto, compostos voláteis são formados e é daí que surgem os primeiros aromas.
Existe uma grande diversidade de tipos de uvas viníferas e cada uma tem suas próprias características. Umas mais marcantes que outras. A Gewürztraminer, por exemplo, tem um aroma de lichia muito potente, sendo facilmente identificável. Frutas vermelhas são frequentes em tintos. Morango e cereja, mais especificamente, aparecem muito em vinhos de Pinot Noir e Gamay.
A maior parte dos aromas primários são de frutas, flores e ervas, oriundos das uvas. Mas há os que vêm da fermentação, como os de especiarias, terrosos e minerais.
Os aromas primários mais comuns são:
Frutas vermelhas
Morango, cereja, framboesa e groselha
Frutas negras
Cereja negra, amora e ameixa
Frutas brancas
Maçã, pera, melão e marmelo
Frutas amarelas
Pêssego, damasco e nectarina
Frutas tropicais
Abacaxi, maracujá, banana e manga
Frutas cítricas
Tangerina, laranja, limão e lima
Flores
Rosa, violeta, jasmim, cravo, madressilva, flor de laranjeira
Vegetal
Pimentão verde e aspargo
Herbáceo
Ervas, grama cortada, mato seco
Especiarias
Pimenta, noz-moscada, louro, cravo, tomilho, alecrim
Mineral
Pedra, giz, petróleo
Terroso
Barro, terra e cogumelo