/Por Ana Beatriz Miranda
A uva Garganega é de origem italiana e se destaca como uma das grandes variedades brancas do país da bota. Ela conquista mais e mais paladares mundo afora a cada verão, já que seu frescor irresistível tem tudo a ver com a estação mais quente do ano.
Além dos incríveis varietais aos quais a Garganega dá origem, ela também é muito usada em cortes de uvas brancas, principalmente com a francesa Chardonnay e a italiana Trebbiano. Aos blends, ela confere mais refrescância e delicadeza.
Origem da uva Garganega
Nascida no Vêneto, a Garganega é a principal uva da Denominação de Origem Soave, uma comuna de Verona. O nome Soave, inclusive, gera muita confusão, já que ao contrário do que parece, os vinhos são secos, com pouca açúcar residual e nada de dulçor no paladar.
“Soave” vem de “Suevos”, um povo bárbaro de origem germânica que migrou pela Itália, a partir do século I a.C. O vinho Soave é composto minimamente de 70% de Garganega e é elaborado desde a Antiguidade.
Essa bebida seca, elegante e refrescante ganhou as taças norte-americanas dos anos 70 aos 80, perdendo um pouco de força ao longo do tempo, mas se recuperando nos últimos anos. Além do Vêneto, essa uva branca é muito cultivada em Friuli e na Lombardia, regiões italianas.
Características
A uva Garganega se adapta melhor a climas frios. Seus frutos têm tamanho médio, formando cachos compridos e cilíndricos. A casca é grossa, em tons que puxam para o dourado, com polpa bastante suculenta.
Como os cachos são compridos, há boa ventilação entre as uvas, evitando doenças. Essa é uma das razões para a Garganega também ser uma boa variedade para vinhos de sobremesa late harvest, já que podem ficar mais tempo nas videiras sem serem tão suscetíveis a pragas.
Os vinhos de Garganega combinam muito bem com comida por causa da acidez. Eles ficam sensacionais com pratos à base de frutos do mar e também com petiscos fritos. Se o vinho for um Garganega de sobremesa, aí você pode ir de arroz doce e pudim de leite que não terá erro.