/Por Ana Beatriz Miranda
Uma uva branca versátil, cheia de personalidade, não muito conhecida por aqui e com nome difícil de pronunciar: assim é a Viognier (se fala vioniê). Ela dá origem a vinhos brancos deliciosos, varietais e blends, mas também é usada na elaboração de tintos, inusitadamente, para clareá-los e conferir aromas diferenciados.
Origem da Viognier
Não se sabe exatamente onde a Viognier surgiu. Pesquisadores acreditam que ela seja de origem croata, ainda que o nome seja francês, e que tenha chegado ao Vale do Rhône há mais de dois séculos. Com a filoxera no século 19, essa variedade quase foi extinta, mas se reergueu ainda no Rhône e saiu da França para ganhar outros países produtores, como Estados Unidos, África do Sul, Argentina, Austrália, Nova Zelândia, Itália e Brasil.
Características
Os vinhedos de Vignier são de cultivo delicado. Eles têm baixo rendimento e as uvas devem ser colhidas perfeitamente amadurecidas, para atingir seu potencial aromático. Para isso, a exposição solar deve ser intensa. Ela é usada também na produção de vinhos doces de colheita tardia.
Os vinhos secos elaborados com essa casta geralmente são bem aromáticos, com pouca acidez e alto teor alcoólico. Os aromas mais comuns são de flores brancas, frutas brancas e amarelas como pera, damasco fresco e pera, além de ervas como tomilho, camomila, pinho e lavanda. Já os doces adquirem aromas de mel e damasco seco.
Harmonização com Viognier
Como são vinhos geralmente com alto teor alcoólico, quando falamos de brancos, os secos vão bem com comida picante, como a mexicana e a tailandesa. Harmonizam bem com carnes brancas, peixes e massas ao molho branco, além de queijos moles, como brie. Os exemplares doces ficam ainda mais deliciosos com torta de pêssego ou damasco, sorvete de creme e queijos azuis.