/Por Ana Beatriz Miranda
Sardenha é uma belíssima ilha da Itália, localizada a oeste do país. É a segunda maior, depois da Sicília, o lugar reflete a alma do estilo de vida mediterrâneo. A produção de vinho é uma das mais antigas do país da bota, mas é pequena, se comparada a outras regiões italianas.
A Sardenha é conhecida como a ilha da longevidade, por ter uma das maiores concentrações de pessoas centenárias do mundo. As principais razões disso são o estilo de vida, a comida e, claro, o vinho.
As uvas típicas da região possuem altos índices de antioxidantes que contribuem para o bom funcionamento do coração. A espanhola Garnacha, chamada de Grenache na França, se adaptou muito bem à ilha, sendo uma das castas mais cultivadas. Por lá, ela é chamada de Cannonau e é mais rica em polifenóis, os antioxidantes, do que as primas estrangeiras.
Os vinhos elaborados com a Cannonau têm baixa acidez, alto teor alcoólico, aromas de ameixas, frutas vermelhas, tabaco, e são encorpados e aveludados. As uvas espanholas Cariñena, Carignan na França e chamada de Carignano em Sardenha, e Bobal ocupam boa parcela dos vinhedos sardenhos. A Cabernet Sauvignon tem gerado excelentes vinhos, além das brancas Moscato, Malvasia e Vermentino.
Contudo, uvas autóctones também têm seu lugar ao sol. As mais conhecidas são Monica, Nuragus, Nasco, Torbato, Niederra e Semidano. Quanto ao tipo de vinho, os tintos e os brancos sardenhos fazem sucesso. Os mais famosos são os tintos de Cannonau e de Carignano e os brancos de Vermentino.
O terroir da ilha tem atraído cada vez mais o olhar da indústria vitivinícola, por seu enorme potencial. O relevo combina colinas e planícies e a região tem microclimas ideais para amadurecimento perfeito dos mais diversos tipos de uvas.